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"As visões pioneiras sobre a Alimentação Alcalina"

O primeiro investigador que se debruçou sobre a alimentação alcalina, de acordo com os primeiros estudos realizados, foi o médico sueco Ragnar Berg (falecido em 1956). Nessa época, ele defendia que a base da alimentação deveria ser constituída por 85 por cento de alimentos com poder alcalinizante e 15 por cento de alimentos acidificantes. Referia também que as pessoas deveriam comer mais alimentos frescos e naturais de origem vegetal e em muito menor quantidade alimentos processados e de origem animal. Em várias experiências com sumos de frutas naturais - em que a pessoa só bebia este tipo de sumos durante todo o dia -, concluiu que, no dia seguinte a este "jejum", as pessoas tinham uma sensação de bem-estar e de alívio por todo o corpo, como se de uma desintoxicação/purificação se tratasse, porque durante este processo grande parte da acidez do corpo era reduzida.

Apesar de o Dr. Ragnar Berg ter sido o primeiro investigador nesta temática, o criador desta dieta de sucesso foi William Howard Hay, na década de 1930, que sugeria uma alimentação composta por 20 por cento de alimentos acidificantes para 80 por cento de alcalinizantes.

Hay começou por desenvolver este plano para se tentar curar a si próprio de uma série de problemas, como tensão alta, doença renal e o coração dilatado. Na verdade, ele perdeu mais de 20 quilos em três meses e curou-se das suas patologias.

Posteriormente, Arnold Ehret, defensor da dieta crua, propôs eliminar todos os alimentos ácidos. Mais tarde, o naturopata Paavo Airola veio dizer que precisamos de ambos os tipos de alimentos, em linha com o conceito de equilíbrio Yin e Yang oriundo dos povos orientais.

No decurso da sua investigação sobre a alimentação alcalina, o médico Samuel Sack deu um grande contributo para o equilíbrio ácido-alcalino. E desenvolveu a técnica de imersão de alimentos ácidos em soluções alcalinas (caldo de couve ou repolho - que tem de ser branco, esbranquiçado ou verde muito clarinho -, ou água bicarbonatada).

A técnica do caldo de couve ou repolho branco é baseada nas propriedades alcalinizantes e neutralizantes de ácidos deste legume. Estas propriedades encontram-se principalmente na água da cozedura da couve ou repolho ou mesmo no legume cru. Colocar de molho os alimentos no caldo da couve ou repolho não altera a sua qualidade, nem o seu sabor, em vez disso, facilita a sua assimilação e transformação pelo organismo, influenciando positivamente o equilíbrio ácido-alcalino. Se se cozer a couve ou o repolho branco, há uma libertação de sais minerais alcalinizantes para a água e o processo de neutralização dos alimentos submergidos nessa água realiza-se de forma direta - uma excelente solução para quem procura alcalinizar alimentos ácidos.


O que é a Alimentação Alcalina?

 

A alimentação alcalina tem como finalidade manter o equilíbrio do pH do organismo, preferencialmente próximo da neutralidade (aproximadamente 7), com a ingestão de alimentos mais alcalinos, em detrimento de alimentos mais ácidos.

Embora a maioria das pessoas tenha por base uma alimentação mais ácida, o próprio organismo consegue neutralizar essa acidez. Mas quando a repetimos continuadamente, o nosso corpo começa a cansar-se, pois tem de estar sempre a criar mecanismos compensatórios para equilibrar o pH, e a desmineralizar-se, causando sérios problemas de saúde e até o aparecimento de doenças degenerativas.

 

A alimentação alcalina não se baseia numa ingestão calórica,

mas sim num aumento do consumo de alimentos alcalinos

e numa diminuição do consumo de alimentos ácidos.

 


pH

 

A grande maioria das pessoas já deve ter ouvido falar em pH. O pH é uma escala que mede o grau de acidez e varia de 0 (muito ácido) a 14 (muito alcalino). O pH ideal do nosso organismo é de aproximadamente 7,4, ou seja, ligeiramente alcalino.


A ESCALA DE MEDIDA DO PH É DE 0 A 14:

pH 0 - muito ácido

pH 7 - neutro

pH 14 - muito alcalino


EXEMPLOS:

O pH do estômago é 1.

O pH do sangue é entre 7,35 e 7,45.

O pH do bicarbonato de sódio é 12.

O pH do cálcio é de 14, é o mineral mais alcalino que temos.

No que diz respeito ao equilíbrio do pH corporal, não existe uma leitura "correta" para todo o corpo: a nossa pele tem um pH de aproximadamente 5,5 (um pouco ácido), enquanto a saliva apresenta um pH entre 6,5 e 7,4. O pH do trato digestivo varia entre 1,5 e 7,0, dependendo da fase da digestão. E quando o corpo está saudável, o sangue humano tem uma janela de pH muito estreita, entre 7,35 e 7,45 (ligeiramente alcalino).

Mas porquê estas diferenças? Porque cada parte do nosso corpo tem uma função diferente. Cada uma dessas funções requer um ambiente ácido-alcalino particular para poder ser exercida na perfeição. É muito importante salientar que o organismo não "mantém" este equilíbrio - ele tem de trabalhar (e muito!) para o manter.

Um organismo acidificado está sujeito a uma série de doenças que se desenvolvem em meio ácido. Enquanto um organismo adequadamente alcalino beneficia de saúde e vitalidade.


Curiosidade:

Supõe-se que o limão é agressivo para o estômago, porém, ele é tão alcalinizante

que pode neutralizar a sua acidez


Sabia que...

Na medicina oriental (e na macrobiótica também), o ácido classifica-se como Yin e o

alcalino como Yang - sendo o ideal o equilíbrio



MEDIR O pH

 

O pH pode ser facilmente medido de várias formas, por exemplo, no sangue, na saliva ou na urina. Aqui, vamos explicar a técnica mais simples e mais fácil de pôr em prática - medir o pH da urina. Porque para além de ser mais simples, a urina é o método utilizado pelo organismo para eliminar qualquer excesso de substâncias ácidas ou alcalinas.

Por norma, o pH da urina varia consideravelmente (num intervalo entre os 4,0 e os 8,0). A urina pode ser um pouco mais ácida ou alcalina devido à quantidade de água que uma pessoa bebe, à quantidade de alimentos que ingere e que promovem mais acidez, bem como à necessidade de regular o pH do organismo.



Como fazer a Medição?

 

Deve comprar numa farmácia, parafarmácia ou numa outra superfície comercial adequada tiras reativas (ou de tornassol). E logo pela manhã, assim que acordar e, de preferência em jejum, urine para um recipiente e em seguida mergulhe a tira durante alguns segundos. Depois, é só comparar a cor da tira com a tabela de cores do pH da caixa e anotar o resultado numa agenda ou diário.

A importância de anotar o resultado numa agenda ou diário prende-se com o facto de ter um melhor controlo de todos os registos destes testes. Desta forma, pode fazer pequenas - mas essenciais - mudanças para tornar o seu organismo mais alcalino.


Nota:

O ideal é fazer este teste sempre ao acordar e em jejum.


 

A razão pela qual a acidose (ou acidificação do organismo) é mais comum

na nossa sociedade é principalmente a nossa dieta, que se caracteriza como muito ácida,

com a ingestão excessiva de carne, ovos, lacticínios e alimentos processados,

e muito pobre em produtos alcalinos como vegetais frescos.

 

Resultados:

O resultado ideal é quando o pH da urina se encontra no intervalo de 6,5 a 7,5. Para uma pessoa conseguir atingir estes valores, precisa de ter uma ingestão de 60 a 70 por cento de alimentos alcalinos e de 30 a 40 por cento de alimentos ácidos.

Um pH inferior a 6,5 significa que a pessoa tem de aumentar a ingestão de alimentos mais alcalinos. Aqui, a proporção pode chegar aos 75 a 85 por cento de alimentos alcalinizantes e 15 a 25 por cento de alimentos acidificantes.

O ideal é ir sempre controlando e fazendo os testes para medir o pH da urina.

Como já foi dito anteriormente, este tipo de alimentação é fundamental para auxiliar o organismo na eliminação de compostos e toxinas que a curto, médio e longo prazo acarretam consequências nefastas para a saúde em geral - como o envelhecimento precoce e o aparecimento de inúmeras doenças que promovem uma diminuição da qualidade vida.


Mas será que existe outra técnica?

 

Sim, existe. Tal como foi referido, pode medir-se o pH de outras formas, através da saliva ou do sangue - mas são sempre necessárias as tiras reativas no caso da medição na saliva, e ter-se uma prescrição médica e depois ir-se a um laboratório de análises clínicas no caso da medição no sangue.

Uma outra hipótese, para ter uma ideia se o seu organismo está ou não alcalino, é observar a sua língua assim que acordar. Se a língua estiver esbranquiçada é um sinal de que o corpo ainda está ácido. No caso de a língua estar com uma coloração rosada, significa que o organismo está mais alcalino.

Nota:

Esta forma de observar a coloração da língua é, simplesmente, para que

a pessoa possa ter uma ideia. Não lhe dá dados rigorosos.




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